Recentemente um jornalista estadounidense publicou uma entrevista na qual afirma que o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, havia se manifestado de forma crítica ao sistema político-econômico cubano, dizendo que esse modelo não serve mais.
Fidel Castro retrucou tal informação e disse que foi mal interpretado pelo mal intencionado jornalista. 
Pois bem, talvez o modelo cubano não sirva mesmo para o mundo atual, justamente porque vai na contramão da realidade mundial, tenta de todas as formas, apesar do embargo estadounidense há mais de 50 anos, promove justiça social, qualidade em saúde e educação aos menos favorecidos pela ordem mundial.
Num mundo que conta com 7 bilhões de seres humanos, os 10% mais ricos da população mundial concentram 70% da riqueza produzida . Por outro lado, 1,2 bilhão são desnutridos crônicos e 2 bilhões vivem abaixo da linha da pobreza.
Vemos também um cidadão comum estadounidense que consome de 10 à 15 vezes mais que um indiano. No nordeste do Brasil a situação não é diferente quando constatamos que várias famílias ainda hoje, para alimentarem seus filhos,  utilizam o recurso da garapa (água morna com açúcar) por não terem acesso à alimentação digna.
Então, afirmo que se não é combatida a miséria (nem podemos falar mais em errádicá-la) é porque o mundo está centrado na obtenção do lucro, na concentração da riqueza nas mãos de uma minoria preconceituosa, branca, podre e rica.
Desta forma, Cuba, de fato está na contramão da lógica capitalista, o modelo político-econômico cubano de evitar o consumismo desnecessário, de buscar justiça social e dignidade entre seus habitantes, de fato não serve para o modelo adotado por praticamente todos os países do mundo.
Eu pessoalmente, sendo moderador do blog CP, torço para que chegue um tempo em a minha geração e as próximas, consigam chegar ao sucesso, tirando o Comunismo, ou o Comunismo com visão Socialista do estado de utopia (quem sabe até mesmo de uma forma mais geral). Se hoje o belo sistema implantado por Cuba a anos atrás encontra barreiras, torço para que daqui algum tempo, os nossos governantes prezem em primeiro lugar, a qualidade de vida da população em vez de números.
Pensem sobre isso. O quanto seria gratificante para nós ver um Brasil com a fome praticamente erradicada, o quanto seria belo agirmos como verdadeiros humanos.



Adaptação de Corrida Paralela do texto de Francisco Beltrão